sábado, 31 de março de 2012

Invasão do espaço - ano 02 - nº 384

INVASÃO DO ESPAÇO
ANO 02 – Nº 384

Uma das preocupações do ser humano é com a preservação do seu espaço. Quase como se fôssemos irracionais, demarcamos milímetro a milímetro o que nos pertence e traçamos divisas com os espaços de outros humanos. Se alguém se imiscuir no território que, segundo nossa mente, estabelecemos como posse, estará se arriscando.

É claro que, com o processo civilizatório no qual estamos inseridos, não deixamos que percebam essa preocupação ‘selvagem’. O que não conseguimos negar é que isso se estabelece, mesmo que não revelemos aos demais, mentalmente consideramos um ‘inimigo’ quem invade o nosso ‘território’.

Isso acontece quando aparece alguém com uma fórmula semelhante àquela que inventamos, à receita que havíamos criado, à interpretação dos fatos que construímos e por aí afora. Muitas vezes tratam-se de invasões sutis, o suficiente para fazer acender um led em nossa mente vigilante.

O certo é que cuidamos da posse de nosso espaço com a mesma preocupação com que os nossos antepassados construíam cercas e muros para que estranhos não entrassem em suas propriedades e ‘roubassem’ os seus animais. Intimamente, não somos lá tão diferentes dos ancestrais de nossa raça humana.

Lembrei-me disso hoje ao ler o texto bíblico recomendado para o sábado que antecede o Domingo de Ramos. Os principais sacerdotes de Jerusalém e o Sinédrio (um conselho jurídico) reuniram-se para examinar o que fazer diante do crescimento da fama de Jesus:

Se o deixarmos assim, todos crerão nele;
depois, virão os romanos e tomarão
não só o nosso lugar,
mas a própria nação. (Jo 11.48)

O conteúdo dessa ‘ata de reunião’ apontava, não para os benefícios que uma nova ideologia poderia representar para o povo, mas para o risco que esse ‘novo’ significava para o seu espaço de poder.

Somos todos assim, as ameaças dos novos tempos, ao invés de nos impulsionarem para a atualização, nos empurram ao combate na defesa conservadora daquilo que para nós representa posse.

Com votos de um ótimo sábado!
DESTAQUE DO DIA

Café Filosófico

Acontece hoje, a primeira edição do Café Filosófico promovido pelo Curso de Licenciatura de Filosofia do IPA, em conjunto com os acadêmicos e ex-alunos do Curso. A atividade se desenvolve na Livraria Nova Roma à rua Gen. Câmara, 394, das 15h às 17h, com entrada franca. É um espaço de debate e reflexão sobre temas de interesse filosófico aberto ao público em geral. Todos(as) são convidados(as):


sexta-feira, 30 de março de 2012

Da escravidão para a escravidão - ano 02 - nº 383

DA ESCRAVIDÃO
PARA A ESCRAVIDÃO
ANO 02 – Nº 383

Hoje tenho uma aula, na disciplina Estudos sobre a Inclusão Laboral e a Saúde do Trabalhador, nos mestrados do IPA, abordando o tema da História do Trabalho. Preparando-me para esse assunto, encontrei algumas informações na literatura, que reavivaram a memória sobre como o ser humano encarava o trabalho.

Uma delas falava sobre a forma como os gregos da era clássica se posicionavam diante do laborar manual. Nesse período, o trabalho era considerado sem dignidade, uma tarefa exclusiva para os escravos, prisioneiros de guerra submetidos à corveia. Os cidadãos de Atenas se dedicavam às tarefas de refletir sobre a administração da cidade, no caso, estado, elaborando tratados sobre a forma mais adequada de conquistar a realização maior, o bem maior, enfim, a felicidade. Essa discriminação dos escravos era justificada, na mente dos gregos, porque essas pessoas submetidas à corveia estavam nessa situação porque haviam abdicado de ‘morrer pela liberdade’ e se submetido ao vencedor.

De forma geral, na Idade Média, a exaltação do trabalho vinha acompanhada de uma interpretação religiosa, mas o fundamento disso era manter as pessoas ocupadas, pois do contrário, poderiam estar fazendo coisas contra a vontade divina. Tomás de Aquino entendia que o trabalho estava inserido na obra da criação divina e, dessa forma, o ser humano dava continuidade a essa missão.

Durante o período renascentista, as sociedades aristocráticas preocupadas com os títulos de nobreza, havia uma restrição ao trabalho que ia além da ocupação manual, mas se estendia a todo o qualquer trabalho. Era encarado como uma atividade indigna a um homem de qualidade. Esses deveriam se dedicar ao pensamento e à gestão de negócios públicos, religiosos e a transações financeiras. O filósofo Descartes (1596-1650) de autofelicitava por não precisar fazer da ocupação científica, um ofício, já que possuía boa fortuna.

Com o advento da Reforma Protestante, uma nova visão do trabalho se instalou na mentalidade moderna. De desqualificado passou a ser exaltado como um objetivo a ser perseguido e o meio mais eficaz de alcançar a fortuna. A partir desse período se estabelecem os princípios do capitalismo, cuja ideologia é ganhar e poupar o máximo que for possível. Benjamin Franklin (1706-1790), sendo de extratos pobres da população estadunidense transformou-se em escritor, inventor e presidente. Entre os seus discurso é possível encontrar a famosa expressão capitalista: “time is Money”. Dessa forma, o ocioso estaria perdendo duas vezes: além de não ganhar dinheiro enquanto gastava o tempo, ainda gastava dinheiro para ficar parado. Conformar-se com a pobreza equivalia a enfrentar a glória divina.

De forma resumida é possível perceber que escravidão da era clássica se transmuta em escravidão da idade contemporânea. Antigamente por estar sujeito aos senhores aristocratas da reflexão e do pensamento e atualmente por se submeter ao Capital como deus maior que domina a contemporaneidade.

Votos de uma sexta-feira com um pouco menos de trabalho!
DESTAQUE DO DIA

Nascimento de van Gogh (159 anos)

Vincent Willem van Gogh nasceu em Zundert a 30 de Março de 1853 e morreu em  Auvers-sur-Oise a 29 de Julho de 1890. Foi um pintor pós-impressionista neerlandês, frequentemente considerado um dos maiores de todos os tempos.Sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspectos importantes para o seu mundo, em sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contatos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, cometendo suicídio. A sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris, a 17 de Março de 1901. Van Gogh é considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XIX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstraccionismo. O Museu Van Gogh, em Amsterdã, é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos.[1]


[1] VINCENT VAN GOGH. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Vincent_van_Gogh. Acesso em 30 mar 2012.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Um começo - ano 02 - nº 382

UM COMEÇO
ANO 02 – Nº 382


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Está fazendo um ano. Na tarde de vinte e nove de março do ano passado fiz a primeira postagem neste blog. Era alguma coisa que eu estava devendo a mim mesmo desde há muito. Recordando a época em que fazia um comentário diário no rádio, senti o desejo de voltar a realizar algo semelhante. Como os tempos mudaram, a internet tornou-se o veículo mais acessível e contemporâneo para quem deseja se expressar.

Esta iniciativa teve um incentivador bastante convincente, Attico Inácio Chassot, que mantém um blogue diário há mais de seis anos[1]. Professor e colega no Seminário sobre História e Filosofia da Ciência, no Centro Universitário Metodista do IPA, o Prof. Attico foi uma inspiração e o encorajador desse blogue. Posso dizer que ele é o padrinho dessa iniciativa. Tenho contado com a honra de receber o seu comentário diariamente. Ao colega, os meus efusivos agradecimentos.

Outras pessoas, cujo acesso é frequente, também me incentivaram muito e dentre elas quero destacar duas como representativas de todas aquelas que me acompanham nessa trajetória: Rejane Almeida, minha ex-aluna e professora de Filosofia, que ajudou a divulgar esse meio de comunicação entre colegas e amigos; Carlos Augusto Normann, professor e colega no IPA, leitor, comentador e divulgador no Facebook das postagens realizadas aqui.

Do lado de cá da tela destaca-se a Ana Maria Marques Garin, minha esposa. Além de incentivadora é também quem ‘aguenta’ o mau humor quando não aparece uma inspiração. Aqui e ali está sempre sugerindo um tema e outro para auxiliar nas postagens.

Mesmo estando recém no começo, foram muitas as dificuldades para manter as postagens diárias. Houve ocasiões em que o único computador ligado à internet não queria funcionar. Incontáveis situações esquecia o tema que havia escolhido, fruto de inspirações tidas enquanto dirigia. Aconteceram dificuldades relacionadas à indisponibilidade temporária do hospedeiro, outras vezes o texto se desformatava e assim por diante, mas enfim, estamos hoje completando um ano.

Mister fazer uma observação a respeito da numeração. Alguns dias contaram com mais de uma postagem, mesmo assim, estou fazendo a correção a partir da presente postagem: esta é a de número 382.

Nessa postagem de festa de aniversário quero manifestar o meu agradecimento a todos os 42 seguidores(as) e aos 22.530 acessos até o momento. Para cada um e cada uma vai aqui o meu abraço de aniversário, pois todos(as) estamos de parabéns.

Com os votos de que continuem me acompanhando por aqui, desejo uma ótima quinta-feira!

DESTAQUE DO DIA

Morte de Charles Wesley (305 anos)

Charles Wesley nasceu em 18 de dezembro de1707 e morreu em 29 de março de 1788. Foi um dos líder do movimento metodista juntamente com seu irmão mais velho John Wesley. Charles é mais lembrado pelos muitos hinos que compôs.

Assim como seu irmão, ele nasceu em Epworth, Lincolnshire, Inglaterra, onde seu pai era pastor. Ele foi educado na Christ Church College, em Oxford, e formou o grupo "Metodistas de Oxford" entre seus companheiros de escola em 1729. Charles seguiu os passos de seu pai e de seu irmão ordenando-se em 1735 e viajando com John para Geórgia, Estados Unidos, na comitiva do governador James Oglethorpe, retornando um ano depois. Em 1749, Charles casou-se com a jovem Sarah Gwynne, filha de um galês que havia se convertido ao metodismo. Ela acompanhou os dois irmãos em suas jornadas evangelizadoras pela Inglaterra, até que Charles parou de viajar em 1765.

Apesar de serem muito próximos, Charles e seu irmão nem sempre concordavam com as questões relativas à fé. Em particular, Charles opunha-se fortemente à ideia de uma ruptura com a Igreja da Inglaterra, pela qual eles haviam sido ordenados.[2]

Como resultado de suas composições, a Gospel Music Association estado-unidense, em reconhecimento à suas contribuições para a música gospel, incluiu Charles Wesley no Hall da Fama da Música Gospel em 1995.


[1] BLOG DO MESTRE CHASSOT: http://mestrechassot.blogspot.com
[2] CHARLES WESELY. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Wesley. Acesso em 29 mar 2012.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Desarrumado - ano 01 - nº 383

DESARRUMADO
ANO 01 – Nº 383

Precisava fazer umas arrumações aqui por casa. Tenho uns hóspedes que não fazem barulho, mas incomodam demais. A gente quase não os enxerga o ano todo, mas a gente sabe que eles estão ali. Desta vez, bateram na porta do escritório de tal sorte que a madeira já parecia mais um queijo suíço do que uma porta. Todos os verões espalham suas asas pelo ambiente. Não adianta aplicar cupinicida: alguns morrem, mas se multiplicam rapidamente e atacam tudo o que for de madeira.

Já que precisava trocar de porta resolvi fazer outras modificações. Quem passou por ‘obras’ em apartamento sabe muito bem do que estou falando. Eu tinha um escritório. Veja bem que eu disse “tinha”! Estou acampado num canto da sala onde se desarrumam computador, estante de livros, pen drive (ou Memória USB Flash Drive), gaveteiro, sofá, poltrona, TV, mochila, pasta, quadros empilhados, papeis soltos, um fone de ouvido e tudo o que puderes imaginar. Bem à frente, uma lista de tarefas que necessitam ser cumpridas antes que chegue a sexta-feira. No meio disso tudo, de vez em quando, pode se encontrar um professor preparando aulas e operando o computador.

Estou passando pelo terrível inferno do mundo desarrumado. Preciso disso... não encontro! Preciso daquilo... não sei onde está! Aquele livro... sei lá onde foi parar!

Acho que todos já tiveram essa sensação, mas cada vez que a gente tem que passar por uma experiência dessas tem o mesmo dissabor. O pior é que, dessa vez não fui atendido na minha solicitação para que o Planeta desse uma paradinha. Até tentei: pressionei a tecla “pause”, mas não adiantou. Hoje já é quarta-feira, o sol está nascendo outra vez e tenho aulas, reuniões etc.

Somos tributários do mundo organizado. Mesmo que ele pareça uma bagunça aos olhos dos outros, em nossa mente, cada coisa está no seu lugar. Posso acordar de madrugada e mentalmente visualizar direitinho onde está aquela caneta que escreve em vermelho, o bloquinho de nota, o grampeador (quase desativado nos últimos tempos), o receptor de rádio, o livro tal etc. Quando a gente passa por essa desarrumação, cada ação gera pânico. O mundo organizado que habita a memória virou um caos, um caldo de coisas girando em direções contrárias. Tudo é mais difícil e o trabalho, mais penoso. Não fossem os meus ‘hóspedes’ indesejados, estaria tranquilamente no meu canto organizado.

O bom disso é que mentalmente já vislumbro o retorno triunfante, com porta nova, sem cupins, pelo menos no primeiro mês. Acho que até já estou remontando o meu novo ‘mundo’. Tenho a esperança de, em breve, reencontrar a minha caneta vermelha: ando precisando corrigir um texto...

Com votos de uma quarta-feira organizada para os leitores e leitoras!

DESTAQUE DO DIA

Morte de Condorcet (218 anos)


Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat, marquês de Condorcet nasceu em Ribemont, Aisne a 17 de Setembro de 1743 e morreu em Bourg-la-Reine a 28 de Março de 1794, normalmente referido como Nicolas de Condorcet, foi um filósofo e matemático francês.


Todo o pensamento de Condorcet posto em seu Esboço deve ser pensado como fruto da situação em que vivia na época em que foi escrito. Sofrendo com a perseguição de uma revolução que ele mesmo tinha sido tão fervoroso apoiador, deixou um testamento filosófico, um texto profético sobre a humanidade, ainda longe da perfeição. Colocando como carro chefe do progresso, aquele que toma as rédeas do progresso para si, de modo a cumprir com seu compromisso, com sua fé no progresso. Vendo a morte tão de perto, se escondendo de uma perseguição implacável, Condorcet tentou cumprir seu compromisso, escrevendo o Esboço para morrer em seguida. Como gênio e vendo sua morte iminente, encara-a como um soldado em campo de batalha, se tornando um mártir de sua profecia. Talvez conheçamos Condorcet mais pelos autores que se apropriaram dele, como Comte, Marx e boa parte dos progressistas do século XIX, do que por sua própria obra. Mas analisando-a podemos encontrar aspectos vigentes e incontáveis autores que se utilizam dele para formulação das ideias de perfectibilidade e de progresso do homem.[1]


[1] MARIE JEAN ANTOINE NICOLAS DE CARITAT. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Marie_Jean_Antoine_Nicolas_Caritat. Acesso em 28 mar 2012.

terça-feira, 27 de março de 2012

Os esquecidos - ano 01 - nº 382

OS ESQUECIDOS
ANO 01 – Nº 382

A rotina conturbada de todos nós acaba por provocar vítimas aqui e ali. São compromissos vários que tomam o tempo e a atenção preenchendo a totalidade do dia-a-dia. Nessa esteira de atingidos pela loucura da contemporaneidade estão familiares, amigos, colegas, conhecidos e por aí afora. Entretanto, a vítima mais frequente dessa rotina enlouquecida está bem mais perto de cada um do que se possa imaginar.

Por causa dessa proximidade, normalmente é o último a ser considerado na atenção e no carinho que deveríamos dedicar. No imaginário pessoal achamos que, apesar de merecer cuidados especiais, pode esperar mais um pouco. Afinal de contas, estamos tão perturbados pelo acúmulo de compromissos que, com certeza, seremos compreendidos nessa ausência diária. Em alguns casos, semanais.

A reflexão que fazemos caminha pela tortuosa estrada de que ele tem a obrigação de entender a nossa dificuldade e considerar a ausência, muitas vezes prolongada. Como estão tão próximos e por isso nos acompanha diuturnamente, não é o caso de um telefonema ou de um SMS com palavras doces ou até mesmo para pedir uma dilatação de prazos. Ligações, torpedos, e-mail, redes sociais a gente usa para quem está a certa distância, mas assim, tão perto, não cabe esse tipo de modernismo.

O impressionante é quando a situação se torna insustentável e nesse momento acontece o ‘estouro’. Surpresos e estarrecidos cobramos aquela fidelidade incondicional assumida há tanto tempo. Não adianta. Quando o estouro acontece ninguém segura a revolta, ninguém o acalma no meio do furacão.

Os gestos se descontrolam, os argumentos se dissipam no nada e a voz sobe de tom ao escutar o nosso eu reclamar do antigo e repetido esquecimento de nós mesmos.

Antes de desejar uma boa terça-feira, votos para que te lembre de ti mesmo. Ele quase sempre é a maior vítima da correria e da loucura dos afazeres do dia e se constituiu do maior esquecido!

DESTAQUE DO DIA

Morte de Bruno Kiefer (25 anos)

Bruno Kiefer nasceu em Baden-Baden, Alemanha a 9 de abril de 1923 e morreu em Porto Alegre, Brasil a 27 de março de 1987. Foi um músico teuto-brasileiro ativo no Rio Grande do Sul.

Emigrou para o Brasil aos 11 anos de idade, junto com a família, fugindo do Nazismo, indo fixar-se em Santa Catarina e logo após em Porto Alegre. Ali estudou música no Instituto de Belas-Artes e posteriormente lecionou na mesma instituição. Foi também compositor, musicólogo e crítico. Sua produção musical abrange cerca de 150 obras, e seus escritos incluem vários títulos de musicologia. Recebeu menção honrosa nos concursos de composição da Rádio MEC, da FUNARTE e da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea. Fundou o Seminário Livre de Música de Porto Alegre em 1966 e ocupou importantes cargos na UFRGS, sendo um dos criadores do Curso de Pós-Graduação em Música, e no governo estadual, como membro do Conselho Estadual de Cultura. Também deu aulas da Universidade Federal de Santa Maria. A Casa de Cultura Mario Quintana tem um teatro com seu nome.[1]


[1] BRUNO KIEFER. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Bruno_Kiefer. Acesso em 27 mar 2012.